A missa de sétimo dia de Walter Toscano, será no dia 14, às 19h. No mesmo dia e horário, em que a população de Águas da Prata, no anfiteatro, irá discutir o destino da grande obra de Toscano... Coincidência ou não é preciso que a população compareça para ajudar a salvar nosso patrimônio que, com a morte de Toscano, torna-se ainda mais importante e valioso.
João Walter Toscano não tinha ideia do que era arquitetura quando o aconselharam pela primeira vez a fazer o curso. Ao descobrir, porém, que poderia continuar desenhando caso optasse pela carreira, ficou fascinado.
De Itu (SP), sua cidade natal, ele saiu para estudar em São Paulo. No começo, morou com um irmão, estudante de química, no porão de uma pensão, pois o pai, leiteiro, não tinha condições de sustentar os filhos na capital.
Em 1956, formou-se pela USP, de onde mais tarde seria professor. Aos 26 anos, um de seus primeiros projetos, o da Faculdade de Filosofia de Itu, já lhe garantia frutos. Por causa dele, acabou sendo chamado para fazer outros prédios da Unesp em Araraquara e em Assis.
Nos tempos de faculdade, conheceu a mulher, Odiléa, também arquiteta e hoje professora aposentada da USP.
Admirador dos traços de Niemeyer e Le Corbusier, Toscano foi o responsável por obras como o balneário de Águas da Prata (SP) e a estação do largo 13 de Maio, em SP, que se tornou um marco da arquitetura do aço.
Em 1975, foi eleito o arquiteto do ano pela Associação Paulista de Críticos de Arte.
Segundo a família, Toscano nunca se guiou pelo mercado e até recusava trabalhos que não o interessavam. Sua preocupação era a obra que deixaria. Ele trabalhou até dezembro, quando se afastou por problemas de saúde.
Morreu no domingo, aos 78, em decorrência de uma pneumonia. Teve quatro filhos e seis netos. A missa do sétimo dia será na terça (14), às 19h, no Santuário Nossa Senhora de Fátima, em SP.
Fonte: Folha Uol 09/06/2011 - 00h10
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