Dia 31 de agosto, quarta-feira, às 17 horas, no auditório da Fiesp, que fica no prédio da TV União, acontecerá uma audiência pública para ouvir o que a população tem a dizer sobre o pedido da Abengoa, de ampliação da produção de cana na região. Só depois dessa audiência o Conselho de Meio Ambiente dará seu parecer deferindo ou indeferindo o pedido. Águas da Prata já conta com mais de 2 mil assinaturas dizendo que não quer plantio de cana, em escala industrial, na cidade.
Para entender os fatos:
A Abengoa Bionergia pediu à Secretaria de Meio Ambiente autorização para ampliar a capacidade de processamento de 2.600.000 para 3.500.000 de toneladas/safra de cana de açúcar, passando da produção atual de 32.540 metros cúbicos de álcool para 129.600 metros cúbicos. Ou seja, a empresa pede uma ampliação de processamento de mais de 400%. A produção de açúcar também vai crescer e passar dos atuais 234.240 toneladas/safra para 357.896 toneladas/safra.
No entanto, para atender a demanda, a empresa indica que a área agrícola vai crescer apenas mais 2 mil hectares, o que equivale a somente a 20 quilômetros quadrados. De acordo com a documentação da empresa, o plantio passará de 42.334 hectares para 44.117 hectares. .
Os que se deram ao trabalho de ler o Estudo de Impacto ambiental que está no Centro Cultural Pagu, estranharam que o aumento do plantio não acompanhe, proporcionalmente, o aumento de área plantada.
A explicação veio através da Secretaria de Meio Ambiente. Segundo a secretaria, o Estudo de Impacto Ambiental apresentado pela empresa, não prevê expansão agrícola no município de Águas da Prata, local que a Secretaria faz questão de frisar “ que é classificada como área inadequada pelo Zoneamento Agroecológico do Estado”. (porém a terra já está sendo preparada - grifo nosso)
A Secretaria informa que a Resolução SMA 88/08, inclusive, impede que a secretaria sequer receba o pedindo de licenciamento em área inadequada pelo Zoneamento Agroecológico do Estado.
Da posição da Secretaria depreende-se que, à exemplo dos 170 hectares da Fazenda Retiro, onde a empresa prepara a terra para plantio, pode haver muitas outras áreas sendo preparadas à revelia do pedido de licenciamento.
Vamos dizer não à Abengoa.
Fonte: jornal O Município
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